Quinto dia da novena: Frei Galvão e a fiel administração dos bens...
Chegou-se na metade da caminhada, nestes dias de preparação a grande Festa de Frei Galvão (25). Hoje, no quinto dia da novena, celebraram Padre Marcelo Motta da Silva (15h) e o colaborador do Santuário, Frei Leandro Costa Santos, OFM (19h30).
Notícias do Santuário
21.10.2021 - 00:03:00 | 4 minutos
Chegou-se na metade da caminhada, nestes dias de preparação a grande Festa de Frei Galvão (25). Hoje, no quinto dia da novena, celebraram Padre Marcelo Motta da Silva (15h) e o colaborador do Santuário, Frei Leandro Costa Santos, OFM (19h30).
Na primeira missa, disse o Padre Marcelo: “Triste, é aquele que se preocupa com os bens temporais, sem dar a devida preocupação aos bens celestes… Ajuntar tesouros nos céus", lembrou o padre, citando a mesma fala de Jesus Cristo.
“Ao celebrarmos Santo Antônio de Sant’ Anna Galvão, celebramos a vocação da santidade recebida de Deus. Qual o sentido de toda criação? Como achar resposta e sentido em nossas vidas? Eu vivo para dar glórias a Deus ou inclinada ao pecado? Desapegar-se dos bens deste mundo para viver para Deus. Frei Galvão viveu mais apegado a Deus. O desejo de liberdade é um anseio de todos. Mas não uma liberdade que nos faz libertinos, diante da vida.
A fidelidade deve ser uma postura de todo cristão. Frei Galvão viveu como um administrador fiel às coisas de Deus”. Recordou o sacerdote.
“Somos auxiliados por Deus. Tenhamos o devido cuidado com os bens materiais. Uma preocupação com um grau mais elevado de experiência. Um bem temporal em vista de um bem eterno, alertou o padre Marcelo. Para concluir, disse: “Triste é aquele que se preocupa com os bens temporais, sem preocupar-se com os bens celestes. Ajuntar tesouros nos céus.
***
“Administrar os bens materiais na justiça e fidelidade”, essa foi a máxida da pregação de Frei Leandro. Às 19h30, o frade em sua pregação trouxe um conceito próprio da espiritualidade franciscana: "o uso pobre" das coisas (usus pauper). Frei Leandro lembrou a lida dos religiosos com a realidade material. Recordou da missão de guardião exercida por Frei Galvão, na condução do Convento São Francisco e na construção do Mosteiro da Luz. Ambos na capital paulistana.
Começou sua pregação contando a seguinte história:
“Em um livro chamado “Livro dos louvores”, das fontes franciscanas, encontra-se a seguinte história: Um certo homem de nome Rodolfo, que mais tarde se tornou um religioso na ordem dos Frades Menores, teve a seguinte experiência em sua vida pregressa. “ Uma vez, como tivesse dormido sobre o livro enquanto estudava, apareceu o demônio e, ameaçando tirar-lhe a visão, disse: “eu te cegarei com estercos“. Despertando, já que tinha cochilado mais uma vez, o mestre, com a palavra e com os dedos em riste até os olhos, repeliu o demônio que na visão de repetia as mesmas coisas, dizendo-lhe: Não tu me cegarás, mas eu te cegarei“. E eis que dia seguinte, quando se sentou na cátedra para [dar aula], recebeu da Inglaterra uma carta de um bispo que lhe oferecia gordos rendimentos. E, interpretando as riquezas como estercos, com os quais o demônio queria cegá-lo, tendo desprezado tudo, entrou na ordem dos Frades Menores.
Concluiu a historieta lembrando que a ambição pode trazer a cegueira espiritual.
Fazendo alusão a história da ordem, disse que na história da ordem, houve a defesa desenfreada da altíssima pobreza, tão quista por São Francisco de Assis. Explicou: “São Boaventura (doutor da Igreja e frade franciscano), assim como outros frades, argumentaram jurídica e espiritualmente acerca da vida do ‘sem nada de próprio’... Usar os bens pobremente”.
“Usar pobremente as coisas, não é tão somente reutilizar os potinhos de sorvete como pote para guardar feijão”, brincou o religioso. “Uso pobre é, não fazer de certas coisas materiais, o centro da vida. “Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”.
O novo Santuário exige dos frades um diálogo com muitos mundos. Segundo Frei Leandro, eles estão em constante diálogo com os setores públicos e também privados. Sentar-se à mesa com estes, e necessariamente administrar os bens que lhe são oferecidos a partir de uma benfeitoria. Fez essa fala recordando as melhorias do atual e a construção do novo Santuário, que nascem de uma oferta e da boa administração.
“Hoje, nossos paraninfos são as pessoas ligadas à administração, ao mundo empresarial. Não o trazemos aqui, para pedi. Apesar de fazer de vez em quando. Trazemos vocês aqui, para que vocês busquem estar na altura da exaltação das bem-aventuranças. ‘Bem aventurados os pobres em espírito’. Ponde, como diz a primeira leitura, vossa vida inteira como Arma de justiça”. Disse Frei Leandro Costa.
Neste quinto dia foi dada a bênção com a relíquia de Frei Galvão. Foram dados os avisos e recordados a programação externa da Festa. Houve, como de costume, a apresentação dos símbolos ligados aos paraninfos.
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